285.

Do Amor às Riquezas

"Se o ouro e riqueza, por um dia, 
Pudesse a vida prolongar,
Por certo que o ouro eu cavaria
Para que, vindo, a Morte fria
Tomasse a oferta em meu lugar.
Mas, se comprar, mesmo um momento
De vida nega-se aos mortais,
Por que, bradando em vão lamento,
Soltar, precoces, os meus ais?!
Morte e marcada por destino,
Que ajuda ouro em casos tais?
Eu quero é, pois, beber somente
E, ebrifestivo, alegremente
Entre os amigos me encontrar
E, enfim, num leito, molemente
Um culto a Vênus* tributar."
Anacreonte, ANAKPEONTOS WDDI [Odes de Anacreonte], traduzido por Almeida Cousin
p.69

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Registre o que pensou! Não é isso que importa?