"Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.Antes, o cotidiano era um pensar alturasBuscando Aquele Outro decantadoSurdo à minha humana ladratura.Visgo e suor, pois nunca se faziam.Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivoTomas-me o corpo. E que descanso me dásDepois de lidas. Sonhei penhascosQuando havia o jardim aqui ao lado.Pensei subidas onde não havia rastros.Extasiada, fodo contigoAo invés de ganir diante do Nada."
Hilda Hilst, fragmento do poema Do Desejo
Nossa, gostei do texto.
ResponderExcluirEle é diferente de tudo que já li.
Quando li as primeiras frases, não imaginaria que o final seria aquele. E ainda sim, os sentidos e as palavras se costuraram numa sintonia incrível.
Não conhecia Hilda Hilst.
Muito obrigada por apresentar-me a ela.
:))
Aguardo mais posts.
Adoro a Hilda!
ResponderExcluirMe surpreende por inteira!
(:
Adoro editar um blog que propicia esse transpor de conhecimento.
ResponderExcluirMaria vai ficar responsável por mais Hilda Hilst. Ela que é leitora assídua.
Grande abraço.
Deixe comigo!
ResponderExcluir;)