“A família patriarcal fornece, assim, o grande modelo por onde se hão de calcar, na vida política , as relações entre governantes e governados, entre monarcas e súditos. Uma lei moral, inflexível, superior a todos os cálculos e vontade dos homens, pode regular a boa harmonia do corpo social, e portanto deve ser rigorosamente respeitada e cumprida”.
167.
159.
“Hoje, a simples obediência como princípio de disciplina parece uma formula caduca e impraticável e daí, sobretudo, a instabilidade constante de nossa vida social. Desaparecida a possibilidade desse freio, é em vão que temos procurado importar sistemas de outros povos modernos, ou criar por conta própria, um sucedâneo adequado, capaz de superar os efeitos do nosso natural inquieto e desordenado”.
156.
“É freqüente, aliás, o fato de aqueles que em política tratam de fazer obra puramente realista ou apenas oportunista pretenderem agir, ao mesmo tempo, segundo critérios morais: alguns ficariam sinceramente escandalizados se lhes dissessem que uma ação moralmente recomendável pode ser praticamente ineficaz ou nociva. Não faltam exemplos de ditadores que realizam atos de autoridade perfeitamente arbitrários e julgam, sem embargo, fazer obra democrática”.